O judoca Pedro Dias manifestou-se hoje "triste" por considerar que "poderia ter ido mais longe" na categoria dos -66 kg dos Jogos Olímpicos, após terminar no nono lugar.
"O balanço não é positivo. Ninguém está mais triste do que eu. Mas deixei a minha pele no tapete. Trabalhei 12 anos para vir aos Jogos Olímpicos e conquistar uma medalha. Estive com um pé nas meias-finais. Perdi com um norte-coreano que tenho noção que sou mais forte do que ele. Talvez tenha gerido mal o combate", lamentou.
Apesar do resultado, Pedro Dias está orgulhoso do que conseguiu: "Dei o meu máximo. Estou entre a elite mundial e neste campeonato provei isso: ganhei ao bicampeão do mundo, favorito para medalha de ouro".
O luso diz mesmo ter "humilhado no tapete" o bicampeão do Mundo, o brasileiro João Derly (2007 e 2005), com quem "tinha uma questão pendente" de âmbito pessoal.
No combate que o afastou do caminho para o ouro, Dias considera que o rival da Coreia do Norte beneficiou do seu cansaço acumulado frente ao brasileiro, "sem tempo de recuperação" e, na derrota com o italiano na repescagem para o bronze, queixou-se de "cãibras nos braços".
"Não consegui fazer a minha pega e o facto de ter perdido a passagem para meias-finais pode ter pesado um bocadinho. Estarmos tão perto e depois acabarmos tão longe", justificou.
E concluiu: "Desde inicio da competição que me passava pela cabeça se campeão olímpico. Só quem não trabalha comigo e não sabe esforço e dedicação que dou à modalidade nos últimos 12 anos, que é total, é que poderia duvidar isso. Os meus treinadores e amigos sempre acreditaram e nunca tiveram dúvidas".