O Marítimo do Funchal terminou terça-feira uma digressão de 12 dias à Venezuela, em que disputou três jogos amigáveis, de pré-temporada, com o Caracas FC (2-2), o Carabobo (1-0) e o Desportivo de Corunha (0-2.
O balanço é positivo apesar das queixas quanto à organização.
“A visita em si foi boa, nós tivemos momentos muito bons mas algumas coisas falharam demasiado na questão da organização”, começou por explicar o novo treinador do Marítimo à Agência Lusa.
Segundo Lori Sandri, na digressão à Venezuela a equipa do Marítimo confrontou-se com “problemas de horários, de campo, de relvado em péssimas condições” e “ainda o problema de às vezes ter que cancelar um treino, fazer um arranjo para treinar noutros horários, justamente pela falta de lugar adequado”.
Em contraste, diz o treinador do Marítimo, “a questão da hospedagem, alimentação e recepção foi excelente, muito boa”.
“Também ficou um balanço positivo, no sentido da realização dos jogos. Os objectivos foram atingidos, porque queríamos observar o grupo e principalmente começar a montagem de uma equipa”, disse Lori Sandri, sublinhando que o mais importante foi não haver jogadores lesionados.
Quanto às técnicas que está implementar, opina que “a equipa está a responder com muito esforço, com dedicação”.
“Mudou muito, principalmente na parte defensiva, onde praticamente perdeu uma defesa inteira em relação ao ano passado”, acrescenta.
“Temos alguns jogadores que ainda não puderam estar connosco e possivelmente o Marítimo vai ainda reforçar-se com mais dois ou três jogadores”, enfatizou o treinador que acredita que em 15 dias o Marítimo estará “num ponto muito bom para iniciar a temporada”.
Segundo Lori Sandri, a equipa segue para Melgaço onde haverá “a parte de refinamento do propósito do jogo” e “a escolha do sistema táctico” que vai utilizar, “que pode ser o 1, ou o 2 com variações” e “começar a definir quem é quem, para ver quem jogará no início da temporada”.
Em declarações à Agência Lusa, Lori Sandri fez questão de sublinhar o acolhimento por parte dos madeirenses e portugueses, “com muito carinho, com muitas saudades e muitas conversas de quem está longe da terra".
"Isso foi muito bonito”, acrescentou.Por outro lado, para Jacinto Vasconcelos, porta-voz do Marítimo, “o objectivo principal desta visita era fazer três jogos” e “cumpriram-se os objectivos”.
“É evidente que houve alguns problemas, principalmente no que diz respeito a recintos para treinar. Felizmente que, com boa vontade de ambas as partes, conseguimos realizar os treinos que pretendíamos, nem sempre nas melhores condições, mas penso que a deslocação foi positiva”, disse.
Frisou ainda que durante um encontro com a direcção do Centro Marítimo da Venezuela, tentou “motivar para arrancarem com as obras do campo” de futebol porque, “nesta fase, é primordial para depois se abalançar para outras situações”.
Jacinto Vasconcelos diz que “em pré temporada não é apologista” de que a equipa madeirense volte à Venezuela, “pela dificuldade para arranjar campos com condições para treinar”.
Também “pelas deslocações” porque “o tráfico em Caracas é muito complicado, não é aconselhável que se ande uma hora e meia de carro para fazer um treino de uma hora”. “A menos que seja fora de Caracas – aí sim não haveriam problemas, se fossemos para Puerto Ordaz ou Puerto La Cruz”, disse.
Marítimo termina estágio na Venezuela e faz balanço positivo
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