A Guarda Nacional Republicana (GNR) iniciou às 06:30 da manhã os trabalhos de recolha de explosivos no rio Douro, com reforço de meios de vários distritos, incluindo mergulhadores, disse hoje à Lusa fonte do comando.
O fabricante dos explosivos para utilização pirotécnica já foi identificado, através da marca existente em alguns cartuxos, estando as brigadas de investigação criminal a investigar como é que os explosivos apareceram a boiar no Douro, explicou o tenente-coronel da GNR, Costa Lima.
No local das operações, Ponte Nova, perto de Entre-os-Rios, também já "estiveram elementos da Polícia Judiciária, sendo normal a cooperação entre as forças" para acompanhar o desenrolar dos trabalhos, afirmou o oficial.
O comando da GNR decidiu reforçar os meios de busca em Entre-os-Rios, através do envio de "equipas subaquáticas apoiadas por botes, para procura de material perigoso no fundo do rio", disse à Lusa o tenente-coronel António Paixão.
Os mergulhadores pertencentes à Unidade Especial Subaquática do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro foram activados ao fim da noite de terça-feira e já entraram na água a montante da Ponte Nova, para procurar mais embalagens de explosivos, afirmou à Lusa o comandante daquela unidade, o tenente-coronel António Paixão.
O capitão da GNR Hélder Barros, da Unidade de Inactivação de explosivos, especificou que os mergulhadores recolheram embalagens e bidões contendo vários engenhos à base de pólvora do fundo do rio.
Por outro lado, o porta-voz da GNR, Costa Lima, disse à Lusa que a população foi avisada e que, por segurança, foi montado um cordão de segurança em várias praias de forma a prevenir qualquer acesso ao rio pelos populares.
O capitão Hélder Barros informou que este tipo de "material é muito instável" e que após o contacto com a água "tem que ser manuseado com muito cuidado".
Acrescentou que já foram detonados várias dezenas de quilos de engenhos explosivos, numa área próxima do local de recolha, numa vala aberta por uma máquina.
Os explosivos foram encontrados terça-feira de manhã por um pescador, que alertou as autoridades, junto à Ponte Nova, Entre-os Rios.
A recolha de explosivos pirotécnicos, cuja quantidade não foi revelada e que tinham o rótulo de um fabricante, foi interrompida às 20:30 de terça-feira e retomada às 06:30 de hoje.
No local, por precaução, encontra-se uma ambulância dos bombeiros, disse à Lusa fonte dos Voluntários de Castelo de Paiva.