Portugal venceu o XIII Mundialito de futebol de praia, ao bater o Brasil na final, por 5-4, em Portimão, cinco anos depois de ter conseguido a última vitória na prova onde também derrotou a selecção canarinha.
Numa partida em que Madjer voltou a evidenciar-se, ao apontar quatro golos dos cinco golos, a equipa portuguesa, apesar de surpreendida no pontapé de saída pelos brasileiros, só no terceiro período do encontro é que conseguiu virar o resultado a seu favor garantindo a vitória a vinte segundo do final.
O Brasil abriu o activo logo no pontapé de saída, tendo ampliado a vantagem no início do segundo período de jogo, perante a equipa portuguesa que foi incapaz de concretizar algumas das oportunidades.
Contudo, Madjer com dois golos no segundo período, viria a abrir o caminho para a recuperação portuguesa, ao empatar o encontro.
No terceiro tempo de jogo, Bilro deu a vantagem, pela primeira vez, a Portugal, tendo os brasileiros empatado com um auto-golo do jogador português.
A um minuto do final da partida, Madjer colocou novamente Portugal no comando do marcador, mas a selecção "canarinha" reagiu, e Buru voltava a anular as pretensões portuguesa.
Contudo, a vinte segundos de se esgotar o tempo regulamentar, e numa altura em que os jogadores de ambas as equipas pensavam que a vitória na prova seria decidida com recurso ao prolongamento, Madjer fixou o resultado em 5-4, dando a Portugal a segunda vitória em Mundialitos.
Para o seleccionador português, esta vitória "é o culminar de um trabalho que tem vindo a ser feito na equipa, nomeadamente com a integração de novos jogadores", acrescentando que "tem um sabor especial, porque foi conseguida "perto no nosso público".
Para José Miguel, o Brasil "é sempre uma equipa difícil, com excelentes jogadores". "mas hoje soubemos aproveitar os erros adversários e vencer o Mundialito", acrescentou.
Por seu turno, o jogador Madjer, o melhor marcador do torneio com sete golos, destacou: "esta vitória não será facilmente esquecida, porque acreditámos sempre que seria possível dar a volta ao resultado, mesmo depois do Brasil conseguir uma vantagem de dois golos".
Para o jogador português, este jogo "provou que este é o verdadeiro futebol de praia com emoção".
Também o veterano jogador português Hernâni, manifestou a sua satisfação pela vitória no Mundialito, referindo ter sido "um jogo épico, com adrenalina e a incerteza do resultado até ao último segundo".
Sobre a sua continuidade em competição na modalidade, Hernâni referiu "não ter ainda pensado em abandonar a selecção, apesar dos seus 44 anos", porque, disse, "esta rapaziada precisa da minha experiencia, e enquanto puder ajudá-los irei fazê-lo".
Contudo, acrescentou, que o final da carreira poderá acontecer nos próximos anos, "até porque não quero andar aí de bengala e a cair nos buracos da areia".
O seleccionador brasileiro classificou o encontro "um grande jogaço de futebol de praia, onde as equipas deram tudo para vencer", e justificou a derrota da sua equipa por "falhas na finalização".
Alexandre Soares considerou Portugal "um justo vencedor", numa partida que "ficará para a história, e uma boa promoção da modalidade para todo o mundo".
Para o jogador brasileiro Betinho, o jogo foi de "grande nível entre as duas melhores selecções do Mundo", sublinhando que "a vitória de Portugal justifica-se porque, esteve melhor que o Brasil".