Saúde: Ministra defende legislação para aumentar segurança das piscinas particulares

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A ministra da Saúde, Ana Jorge, defendeu hoje a criação de uma legislação que regulamente a construção e utilização de piscinas em casas particulares, de forma a contribuir para a redução da morte de crianças por afogamento.

"É importante criar uma legislação de protecção eficaz e que seja cumprida, responsabilizando também quem as constrói", afirmou hoje Ana Jorge, em Portimão, durante a apresentação da campanha "Mamãs e Papás, em Alerta", promovida pelo Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA).

Promovida pelos médicos do Serviço de Pediatria do Hospital do Barlavento, a campanha visa alertar para a prevenção de acidentes em meio aquático, tendo a iniciativa surgido na sequência da morte de duas crianças por afogamento em piscinas particulares, uma em Lagos e outra em Silves, no final do mês de Junho.

Para a ministra da Saúde, campanhas como esta, que alertam para um problema real, "nunca são demais", sublinhando que o afogamento de crianças em piscinas "é um motivo de grande revolta, porque são mortes evitáveis".

Ana Jorge disse "entender o sentimento de impotência" dos profissionais de saúde do Serviço de Urgência daquele hospital ao lidarem com o problema e recordou que, como médica pediatra, "também sentiu o mesmo durante vários anos".

Além de atribuir a principal responsabilidade da segurança das piscinas "a quem as constrói", Ana Jorge considerou todos "responsáveis ao não evitarem e descurarem a vigilância no acesso das crianças às piscinas".

A ministra exortou ainda as autarquias a contribuírem para a divulgação da campanha, com a distribuição de folhetos nos departamentos de obras, locais onde "especialmente os construtores podem ser sensibilizados para as condições em que as piscinas são construídas".

A campanha hoje apresentada irá promover o contacto directo dos profissionais de saúde com os pais e familiares, alertando-os para a vigilância e prevenção, com a realização de acções de sensibilização em escolas, hipermercados e em empreendimentos turísticos da região do Algarve.

No fim-de-semana (02 e 03 de Agosto) a campanha será efectuada num centro comercial de Portimão, com "posters" e informação sobre a prevenção de afogamentos por profissionais de enfermagem do serviço.

Para a médica responsável pelo Serviço de Urgência Pediátrica do Hospital do Barlavento, o afogamento infantil "é um problema grave de saúde pública, que pode ser evitado".

Além de uma vigilância eficaz, Helena Drago defende a colocação de barreiras físicas em locais onde existem piscinas, para evitar o acesso e queda acidental das crianças.

Helena Drago observou que o problema do afogamento infantil deverá "estar presente ao pequeno-almoço de cada família", recordando que em Portugal ocorrem, em média, 28 casos por ano.

Desde o início do Verão, já morreram no Algarve três crianças vítimas de afogamento, em piscinas privadas nos concelhos de Silves e Lagos, duas no final do mês de Junho e uma terceira em Julho.

A apresentação da campanha "Mamãs e Papás, em Alerta" marcou o final de uma visita de dois dias que a ministra da Saúde efectuou ao Algarve.

Na terça-feira, Ana Jorge inaugurou a Extensão de Saúde do Ameixial, em Loulé, e a Unidade de Cirurgia de Ambulatório do Hospital de Faro. Hoje, durante a manhã, inaugurou a Unidade de Saúde Familiar (USF) de Monchique, a quinta a funcionar no Algarve.

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