Os trabalhos de rescaldo ao prédio que ardeu domingo em Lisboa vão prolongar-se pelo menos até ao final do dia, seguindo-se uma peritagem à estrutura para garantir segurança a uma eventual investigação policial, disse fonte dos Sapadores.
Os trabalhos de rescaldo ao prédio onde deflagrou um fogo domingo à noite na Avenida da Liberdade envolvem 50 elementos dos sapadores bombeiros de Lisboa.
"Estamos a efectuar operações de rescaldo e a revolver os escombros. Ainda há alguns focos de incêndio", disse o chefe Santos à agência Lusa, adiantando que "as operações de rescaldo deverão decorrer até ao final do dia ou até amanhã".
O responsável dos Sapadores acrescentou que posteriormente será necessária uma peritagem à estrutura e só depois haverá condições para que sejam feitas investigações à origem do incêndio.
Este bombeiro disse que os tectos e os pavimentos do prédio onde ocorreu o incêndio desabaram, dificultando as operações de rescaldo.
Segundo o chefe Santos, cerca de uma centena de hóspedes do hotel Luso-Suiço e de outras pensões vizinhas que foram deslocadas para o cinema S. Jorge por razões de segurança estão hoje de manhã a regressar aos locais de origem.
Alojados em pensões, continuam alguns dos habitantes do prédio nº 21, também afectado pelo fogo e que pertence à Junta de Freguesia de Galveias, concelho de Ponte de Sôr, distrito de Portalegre, como os casos de Ana Lúcia de 84 anos que morava uma casa da Junta de Freguesia no 1º andar desse prédio. "Por volta das 11:30, o meu vizinho do 5º andar tocou-me à porta e disse-me para sair imediatamente. Só tive tempo de vestir o vestido por cima da camisa de dormir", disse à agência Lusa Ana Lúcia, que hoje de manhã assiste em frente ao prédio ao aparato dos bombeiros à espera de poder falar com o presidente da Junta para resolver a situação da sua casa.
O fogo eclodiu domingo à noite e foi dado como dominado às 03:03 de hoje.