O FC Porto não reconhece "as pretensas e aberrantes decisões" do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e Pinto da Costa, presidente do clube, anunciou que apresentará uma reclamação no Tribunal Administrativo.
Em comunicado publicado na página oficial do clube na Internet, o FC Porto não reconhece validade legal às decisões do CJ, que confirmou a suspensão por dois anos a Pinto da Costa, qualificando de "manobra de diversão" a reunião de sexta-feira do órgão federativo, para apreciação os recursos do processo Apito Final.
"Vai ser apresentada uma reclamação no Tribunal Administrativo e queremos saber se a federação vai dar valor a uma reunião que não existiu, conforme disse o presidente do CJ (António Gonçalves Pereira)", anunciou Pinto da Costa.
No comunicado publicado na Internet, os "dragões" insistem que os recursos de Pinto da Costa "não foram objecto de decisão", dando por correcta a "pauta publicada e afixada na sede da FPF" quando Gonçalves Pereira entendeu abandonar a reunião, às 20:00.
O FC Porto manifestou "estranheza pela sucessão de incidentes ocorridos após o encerramento da reunião, às 18:00" e lamentou a forma como o processo foi conduzido.
"A urgência revelada por estes membros do CJ leva a questionar a sua verdadeira motivação, facilmente perceptível, atenta a forma precipitada e atabalhoada com que esta 'manobra de diversão´ foi artificialmente criada", diz a nota.
O comunicado advertiu também que a Administração da SAD do FC Porto "não aceitou, nem aceitará, recados dados em conferências" e que "apenas aceita e cumprirá deliberações tomadas em reuniões regular e legalmente convocadas".
O FC Porto lamentou os "infelizes eventos" da madrugada de hoje, em que o CJ confirmou a suspensão de Pinto da Costa por dois anos, confirmando a decisão da Comissão Disciplinar da Liga de clubes, o que "só vêm reforçar a convicção na estratégia jurídica inicialmente adoptada".
A finalizar o comunicado com dez pontos, o FC Porto diz que irá "aguardar serenamente a posição que os órgãos competentes da FPF virão a tomar sobre este imbróglio e que, de uma forma exemplar, identifiquem e punam os seus autores".