Um movimento cívico que quer a classificação da linha ferroviária do Tua como monumento nacional lançou uma petição na Internet em defesa da linha e contra a construção da barragem de Foz Tua.
O Movimento Cívico pela Linha do Tua pede deste modo apoio na luta pela preservação e desenvolvimento do último troço de caminho-de-ferro do nordeste transmontano.
A iniciativa surgiu depois de se ter conhecido a proposta da EDP para a construção da barragem com uma cota de 195 metros. Os estudos prévios analisaram várias cotas, entres os 160 e os 200 metros, e em todos os cenários ficará submersa a parte mais atractiva, do ponto de vista turístico, da linha.
Para além da proposta de classificação da linha do Tua como monumento nacional, a petição propõe também a reabertura do troço entre Mirandela e Bragança e o prolongamento até Puebla de Sanábria, com ligação às redes de alta velocidade espanholas.
Há cerca de um mês, a associação ambientalista Quercus tinha vindo a público declarar que o rio e a linha ferroviária do Tua são uma ‘mina’ por explorar em Trás-os-Montes, podendo servir de base para o desenvolvimento turístico e económico das populações locais.
João Branco, dirigente da associação disse mesmo que “este vale, com o rio e a linha férrea, apresenta um conjunto im-portante de aspectos no âmbito da fauna, da flora, da geologia, da paisagem, do património arqueológico e da cultura”.