Agressões a professores devido a telemóveis são recorrentes

Data:

O coordenador da linha SOS Professor garantiu hoje que são recorrentes situações semelhantes à agressão de uma aluna a uma professora por causa de um telemóvel divulgada na Internet, alertando para a necessidade de promover uma «convivência saudável» nas escolas.

«Este foi um acto condenável, mas recorrente. Grande parte dos conflitos nas salas de aula deve-se a este tipo de aparelhos», afirmou João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, responsável pela Linha SOS Professor.

João Grancho falava à Lusa depois de uma professora da Secundária Carolina Michaelis, Porto, ter sido vítima de uma cena de violência física e verbal por parte de uma aluna, depois de lhe retirar um telemóvel.

A cena, filmada através do telemóvel de um outro aluno e divulgada no site YouTube, mostra uma aluna do 9º ano da escola a gritar e a empurrar uma professora quando a docente lhe tenta tirar o telemóvel.

Para João Grancho, «perante uma situação com esta gravidade, os responsáveis pela tutela deviam ter alguma palavra e dar um sinal à sociedade e à família de que a educação não é isto».

«É acima de tudo promover e melhorar a própria convivência», sublinhou.

O coordenador da SOS Professor defendeu ainda que tem de «haver um reforço da consciencialização, também por parte dos pais».

Afirmando que as escolas têm de ter uma «atitude preventiva» relativamente a estes casos, João Grancho recusou-se a indicar quantos casos semelhantes foram registados pela linha SOS Professor, remetendo para um relatório que será apresentado em breve.

«Vamos apresentar o relatório no início de Abril, onde constam as comunicações e os pedidos de apoio desde o início de Setembro até ao final do segundo período deste ano lectivo», afirmou.

Também o CDS-PP, através do deputado Nuno Magalhães, apelou hoje ao Governo para que dê «algumas respostas» sobre o caso ocorrido na Carolina Michaelis.

«Queremos saber as respostas do Governo a este caso e segundo as respostas que tivermos é que vamos decidir se chamamos a ministra [ao Parlamento] ou não», disse Nuno Magalhães à Lusa.

Dizendo-se «chocado» com as imagens da agressão, o deputado criticou ainda o PS por ter rejeitado três propostas apresentadas pelo CDS-PP relacionadas com a segurança dentro e fora das escolas.

«Durante os últimos meses propusemos, para fazer face ao problema da violência dentro das escolas e das salas de aulas, a criação de um Observatório Escolar mais abrangente, onde estariam representantes do Ministério da Educação, dos pais, dos alunos, dos auxiliares de educação e do Ministério da Administração Interna, nomeadamente representantes do programa Escola Segura. Infelizmente o PS rejeitou este Observatório», disse o deputado.

Nuno Magalhães referiu ainda que o PS também rejeitou as propostas do CDS-PP de reforço do programa Escola Segura «para combater a violência fora do perímetro escolar» e de redefinição dos tipos de crimes ocorridos fora das escolas.
Em contrapartida, criticou o PS por ter aprovado o Estatuto do Aluno, que «desautoriza os professores» e «cria uma cultura propícia a este tipo de fenómenos».

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.