Governo nomeia cônsules-honorários para Durban e Windhoek

O secretário de Estado das Comunidades revelou hoje à Agência Lusa em Joanesburgo os nomes dos dois novos cônsules-honorários na África do Sul e Namíbia: Elias de Sousa em Durban, e Alfredo Pimenta em Windhoek.
António Braga, que partiu ao princípio da noite para a Cidade do Cabo após vários encontros de trabalho em Joanesburgo, revelou que o cônsul-honorário de Portugal em Durban será o actual conselheiro da comunidade e empresário Elias de Sousa, enquanto o de Windhoek, capital da Namíbia, será o empresário do sector hoteleiro Alfredo Pimenta.
O director-geral dos assuntos consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros, embaixador Costa Arsénio, que acompanha António Braga neste seu périplo pela África do Sul e Namíbia, confirmou que os novos cônsules-honorários serão nomeados nos próximos dias.
O consulado de Portugal em Durban – cidade onde residem mais de 20 mil portugueses e com uma forte herança histórica lusa – está há quatro anos sem cônsul e vê assim reduzido o estatuto da sua representação diplomática.
As intenções inicialmente manifestadas no plano de reestruturação consular, que passariam pelo encerramento do consulado de Durban, não se concretizaram para satisfação da comunidade portuguesa daquela cidade, tendo o executivo de Lisboa optado por uma solução de compromisso.
Já em Windhoek, onde a comunidade se tem oposto de várias formas – inclusive através de uma ocupação simbólica do escritório consular – ao encerramento da representação diplomática, a nomeação de um cônsul-honorário não satisfaz muitos dos 2.500 portugueses ali residentes, os quais, segundo o conselheiro Manuel Coelho, se sentem "abandonados por Lisboa" desde o encerramento da embaixada em 2003.
António Braga cumpriu hoje o primeiro de quatro dias de uma visita oficial à Africa do Sul, durante o qual participou na sessão de encerramento dos Encontros da Cidadania, que discutiu em Joanesburgo as mulheres na emigração, almoçou com elementos da Academia do Bacalhau e visitou o lar da Terceira Idade de Nossa Senhora de Fátima, uma obra da comunidade portuguesa.
No lar de Nossa Senhora de Fátima, uma instituição que subsiste em grande parte de donativos da comunidade, o secretário de Estado das Comunidades fez a entrega de um donativo do governo português no montante de 75 mil euros.
Na ocasião, o presidente da comissão administrativa do lar, Sérgio Oliveira, agradeceu a "generosa oferta" do governo de Lisboa, garantindo que, com este reforço financeiro, a instituição poderá em breve albergar mais duas dezenas de idosos da comunidade.