A autoridade que fiscaliza os medicamentos na União Europeia emitiu um alerta sobre a Gardasil, uma vacina contra o cancro do colo do útero, devido à morte súbita de duas mulheres que a tomaram.
De acordo com uma nota do Infarmed, a autoridade que regula o mercado dos medicamentos em Portugal, não foi encontrada, no entanto, qualquer relação entre o medicamento e os falecimentos.
As mulheres, ambas jovens, faleceram na Alemanha e na Áustria e tomavam a vacina Gardasil, que previne doenças causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV), incluindo o cancro do colo do útero, refere o comunicado da Infarmed, que cita o seu congénere europeu, a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA).
As estimativas apontam para que 1,5 milhões de mulheres tenham tomado esta vacina em toda a Europa.
Nos dois casos apontados, desconhecem-se ainda as causas das mortes, mas "não foi estabelecida uma relação causal entre a morte das mulheres jovens e administração de Gardasil", refere o comunicado do INFARMED.
Perante esta realidade, o Comité Científico de Medicamentos de Uso Humano da EMEA é da "opinião que o benefício do Gardasil continua ser superior ao risco e que não é necessário alterar a informação sobre o medicamento" contida no folheto que o acompanha (bula).
Em Portugal, cerca de 19 mil mulheres tomaram no último ano aquela vacina, tendo gasto mais de nove milhões de euros na compra do medicamento, segundo fonte laboratorial.
O Governo português prevê ainda começar em Setembro próximo, no início do ano lectivo, iniciar a vacinação gratuita de 55 mil raparigas de 13 anos.
Cólo do Útero: Lançado alerta sobre vacina Gardasil devido à morte súbita de duas mulheres
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