Chamava-se Mário Gonçalves e tinha 40 anos o emigrante português morto numa violenta explosão, ocorrida no início da manhã do dia 21, em Irvington, nos arredores de Newark. O incidente causou ainda ferimentos graves em outros dois emigrantes portugueses, que trabalhavam num edifício de três andares, em fase final de construção.
Mário Gonçalves era casado, tinha duas filhas e vivia em Nova Jérsia há 13 anos. "Ele era como um membro da família. Não tínhamos amigo igual," declarou a um jornal norte-americano Alice Santinha, mulher de António Pimenta, gerente da empresa que empregava os portugueses.
Ao chegar ao local da obra, os cinco trabalhadores – três deles portugueses, deparam-se com sinais de que alguém tinha forçado a entrada durante a noite. O forte cheiro a gás terá levado um dos operários a telefonar para o patrão e foi aí que a explosão ocorreu. Diversas condutas de gás foram roubadas na noite anterior à explosão, originando uma fuga.
A explosão deixou um cenário de catástrofe em Irvington, tendo destruído por completo o edifício em construção e deixado em ruínas um prédio adjacente, alegadamente utilizado por toxicodependentes e sem-abrigo. Na altura, nenhum estava no edifício.