Baptista de Matos, há 45 anos a morar em França, é o único emigrante português, do universo de um milhão actualmente radicado em França, representado no Museu Nacional da História da Imigração, inaugurado em Paris no passado dia 10. O português vê a escolha da sua história “comum a tantas outras”, como o fim do “miserabilismo luso e a vitória da dignidade de um povo que deu lições ao mundo”. A exposição conta com fotografias de Baptista de Matos e uma das pedras de quando participou nos trabalhos do metro de Paris, em 1973. O passaporte, a marmita do almoço e o capacete de trabalho são outros elementos que ilustram a imigração portuguesa. Ainda na exposição sobre os 200 anos da presença de imigrantes em França, figuram algumas fotografias sobre os bairros de lata em Champigny-Sur-Marne, nos arredores de Paris. Mas é a fotografia de “uma mulher portuguesa que chega a França com duas malas na cabeça, nos anos 70” que aparece no cartaz da exposição, como referiu Manuel Dias, membro do Conselho Científico e de Orientação da «Cidade Nacional da História da Imigração« (CNHI) que apadrinha o projecto. “O objectivo não é criar o museu das comunidades, mas o museu da história da França através do contributo dos imigrantes” esclareceu.
Apenas um português figura no Museu da Imigração
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