Firmado o acordo sobre o novo Tratado europeu, que segundo o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, foi conseguido graças ao "bom espírito europeu", o desafio que se segue é fazê-lo ratificar pelos 27 Estados-membros. A assinatura formal foi já agendada para 13 de Dezembro e, a acontecer, o novo tratado da União Europeia (EU) ficará para sempre conhecido como Tratado de Lisboa.
Numa conferência de imprensa conjunta com o presidente em exercício da União Europeia (UE), José Sócrates, realizada ontem, no final do primeiro dia da Cimeira europeia de Lisboa, Durão Barroso declarou-se "extremamente feliz" com o que considerou ser "um acordo histórico, que dá à União Europeia a capacidade de agir no século XXI", alcançado "com espírito de consenso, com o bom espírito europeu" que permitiu "ultrapassar questões difíceis na última hora".
Agora, frisou o presidente da Comissão Europeia, os líderes dos 27 países membros da UE têm que trabalhar para que o documento seja ratificado a 13 de Dezembro. Durão Barroso sublinhou que será preciso "trabalhar com os Estados-membros para comunicar às populações" que as mudanças nas instituições europeias servem o seu bem-estar.
Barroso lembrou que "na presidência alemã chegou-se a um acordo" sobre o essencial do tratado, mas saudou a "determinação e competência da presidência portuguesa" da UE, que levou ontem a que concluísse esse processo e se agendasse a assinatura formal do documento para 13 de Dezembro. "Disse que acreditava que era possível, que desta vez não havia razões, não havia desculpas para não se chegar a acordo", recordou.
O presidente da Comissão Europeia declarou-se "pessoalmente muito contente por o acordo ser alcançado em Lisboa".