Figo deixa em aberto possível candidatura à presidência da FPF

O futebolista português Luís Figo deixou hoje uma porta aberta para uma possível candidatura à presidência da Federação Portuguesa de Futebol, após o término da carreira, apesar de neste momento não ter o objectivo de ocupar o cargo.
"Não faz parte dos meus planos mas no futuro não sei. De momento só penso em acabar da melhor forma este ano e depois, se esse for um dos meus objectivos, logo comunicarei. O mais importante é ir passo a passo e depois se realmente tiver como objectivo alguma coisa logo comunicarei", afirmou Luís Figo à entrada para um jantar promovido por uma marca de relógios.
O futebolista que mais vezes (127) representou a selecção nacional respondia assim às perguntas dos jornalistas depois de terça-feira o actual presidente da FPF, Gilberto Madail, ter reafirmado a intenção de abandonar o cargo no final do seu mandato, que termina em 2011, apesar de já ter admitido a possibilidade de convocar eleições antecipadas.
"É um decisão pessoal do presidente da Federação. Temos que aguardar para ver se é real ou não", disse o antigo número "7" da selecção das "quinas".
Apesar de não ter podido assistir à vitória de hoje de Portugal sobre o Cazaquistão (2-1), Luís Figo considerou que o apuramento para o Euro2008 "está mais fácil" e revelou que tem estado "sempre com a selecção nos bons e maus momentos".
"Está mais fácil, sem dúvida. Eu nunca duvidei e não duvido da nossa qualificação para o Europeu e por isso estou confiante desde o primeiro momento. Estou com a selecção nos bons e particularmente nos maus momentos", disse o futebolista luso, mostrando algumas "saudades" pelos "bons momentos vividos ao serviço de Portugal".
O jogador do Inter de Milão, de 34 anos, voltou a garantir que deverá finalizar a carreira profissional no final da presente temporada mas revelou que poderá continuar a jogar futebol "a um ritmo mais baixo" caso apareça alguma proposta "viável" da Liga norte-americana (MLS), onde actua o inglês David Beckham e o luso Abel Xavier.
"Depende do projecto, da cidade e das condições mas pode ser viável. A nível profissional espero acabar carreira já que nos Estados Unidos o ritmo não é igual", referiu.