O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, anunciou hoje no Cazaquistão que não se vai recandidatar ao cargo, na véspera de mais um encontro do grupo A de apuramento para o Europeu de 2008.
«Não há impossíveis, mas é certo que não me vou candidatar. Tudo tem um princípio e um fim e só os ditadores saem por uma revolução ou com a morte. Eu quero sair pelo meu pé. Neste momento não sou candidato e nada me fará voltar atrás», afirmou Gilberto Madaíl.
O líder federativo fez estas declarações no decorrer do treino da formação das «quinas», no Estádio Centralny, em Almaty, e expressou um desejo: «seria muito bom sair com a vitória no Euro2008, mas o que estamos aqui a discutir no Cazaquistão ainda é a qualificação».
«Temos de vencer», frisou, acrescentando: «queremos vencer para continuar dar muitas alegrias a Portugal».
Quanto ao seu sucessor, Gilberto Madaíl traçou um perfil: «tem de ser alguém que goste muito daquilo que faz, com grande espírito de sacrifício e que consiga controlar bem as cicatrizes que marcam esta função».
«Há muita gente que daria um bom presidente… e muitos daqueles que criticam e embirram, até poderiam fazer um trabalho melhor. O que terá de haver é um projecto de continuidade, porque hoje a selecção portuguesa é altamente respeitada», frisou.
Quanto ao nome de Hermínio Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Madaíl apenas afirmou que o homem que lidera os destinos do futebol profissional «tem feito um grande trabalho na Liga».
«Eu tenho de ser realista e responsável e levar as coisas até ao final», finalizou Gilberto Madaíl.
No início do ano, Madaíl tomou posse para um novo mandato com final previsto para 2011, mas já admitiu a possibilidades de convocar eleições antecipadas, após ser aprovado o novo regime jurídico das federações desportivas, na sequência da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto.