Paris: Saída da única funcionária da secção portuguesa do Liceu Internacional de Saint Germain gera

A associação de pais dos alunos da secção portuguesa do Liceu Internacional de Saint Germain em Laye, Paris, manifestou-se hoje preocupada com o futuro do ensino do português naquela escola devido à provável retirada da única funcionária administrativa. O Liceu Internacional de Saint Germaian em Laye tem 11 secções internacionais e cada uma dispõe de funcionários administrativos que, entre outras funções, são responsáveis pelo atendimento e pela admissão de novos alunos. A secção portuguesa naquela escola pública francesa tem uma funcionária administrativa paga pelo governo de Portugal, mas em Agosto recebeu ordens do Ministério da Educação para abandonar as suas funções e regressar a Lisboa, disse à Agência Lusa o presidente da associação de pais, Hernâni Antunes.
De acordo com o responsável, o regresso da funcionária foi adiado até ao final de Outubro para se conseguir resolver a situação e encontrar uma resposta.
"Na ausência de qualquer resposta e mantendo-se a ordem de regresso da funcionário", a associação de pais apelou hoje novamente ao governo para que reveja a sua decisão e destacou a importância da secção portuguesa naquela escola pública francesa.
Hernâni Antunes adiantou que a funcionária, a trabalhar no liceu desde 1995, deve manter-se nas suas funções, uma vez que todas as secções internacionais têm este tipo de trabalhadores "para tratar de toda a carga administrativa".
"Sem esta funcionária, a secção de português vai perder qualidade no atendimento e o número de alunos vai diminuir", disse, salientando que para sobreviver é fundamental a existência de um trabalhador administrativo.
A secção de português no Liceu Internacional de Saint Germain funciona há 34 anos e conta, este ano lectivo, com 410 alunos desde o pré-escolar ao 12º ano.
Entre as 11 secções internacionais, a portuguesa é a quinta em número de alunos.
Os 11 professores de português e história são pagos e colocados pelo Ministério da Educação de Portugal.
A associação de pais está igualmente a promover um abaixo-assinado, que será entregue no final desta semana ao embaixador de Portugal em Paris, para exigir a permanência da funcionária.
A Agência Lusa contactou o Ministério da Educação para obter esclarecimentos sobre o futuro da funcionária e da secção portuguesa naquela escola dos arredores de Paris, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.