Camacho diz que não precisa da defesa de Vieira

O treinador da equipa de futebol do Benfica, José António Camacho, afirmou hoje que "a temporada ainda está a começar" e, por isso, não entendeu o voto de confiança dado pelo presidente do clube, Luís Filipe Vieira.
"Eu não preciso de defesa e não entendo isso. Gosto de atacar e não de defender. Chamaram-me para vir trabalhar e logo os adeptos ficaram contentes. Agora estou a trabalhar, se os adeptos não estão contentes, então têm que perceber que a temporada está a começar, não está a acabar", afirmou José António Camacho em conferência de imprensa.
O presidente dos "encarnados" reiterou sexta-feira a confiança no treinador espanhol, garantindo que Camacho irá ficar no Benfica até ao final do seu mandato, numa altura em que a equipa passa por uma série de cinco jogos consecutivos sem vencer.
"Se fosse adepto, não ficava contente ao perder dois jogos, mas os adeptos têm que ficar contentes com atitude e entrega dos jogadores", referiu o técnico.
Sobre a deslocação de domingo ao campo da União de Leiria, José António Camacho adiantou que poderá utilizar pela terceira vez esta época a dupla de avançados Nuno Gomes-Cardozo na equipa inicial e considerou que será um jogo muito complicado para os "encarnados".
"É uma possibilidade como também tenho outras. Nos outros jogos tenho usado outros avançados, mas não é por aí que não estamos a marcar golos. Os jogadores do Leiria vão fazer contra nós o jogo da sua época, por isso, vão dar o máximo e complicar muito a nossa tarefa", disse.
O treinador espanhol preferiu passar à margem da notícia que dá conta do abandono de Rui Costa, actualmente com 35 anos, no final da temporada, e focou-se no desempenho que o antigo internacional português tem tido esta época.
"Isso é algo que poderá acontecer no final da temporada. Neste momento, o Rui está a ser um jogador muito importante na equipa e no plantel", frisou.
O Benfica visita domingo, às 19:15, o recinto da União de Leiria, em jogo da sétima jornada da Liga, e que será arbitrado por João Ferreira, de Setúbal.