A Espanha é o país da OCDE mais procurado pelos emigrantes portugueses que, em apenas um ano, entre 2004 e 2005, aumentaram em 50% as suas entradas naquele país, segundo um estudo anual sobre migrações.
De acordo com o último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), hoje apresentado em Lisboa, oito mil portugueses foram trabalhar para Espanha em 2004, número que aumentou para 12 mil no ano seguinte.
Espanha é um país que começou a ser descoberto pelos emigrantes portugueses há poucos anos e regista uma procura crescente de ano para ano.
Em 2000 foram para Espanha três mil portugueses, número que aumentou quatro vezes em cinco anos.
O Luxemburgo é outro dos países da OCDE que recebe mais portugueses, que representam quase metade de todos os que ali procuram trabalho.
A educação dos filhos dos imigrantes continua a ser uma preocupação das autoridades luxemburguesas, uma vez que mais de um terço dos alunos são estrangeiros, sendo promovido nas escolas o ensino das três línguas oficiais do país (luxemburguês, alemão e francês) e da língua materna.
Entre os alunos estrangeiros, 50% são portugueses, refere o relatório da OCDE.
A França continua a ser o país que acolhe mais portugueses (553 mil), apesar de os dados da OCDE serem relativos a 1999.
Segue-se a Suíça, onde em 2005 residiam 167 mil portugueses, a Alemanha (115 mil), o Reino Unido (85 mil), Luxemburgo (67 mil), Espanha (59 mil), Bélgica (28 mil) e Holanda (12 mil).
Em 2005, 8.888 portugueses adquiriram a nacionalidade francesa, 1.687 a canadiana, 1.505 a suíça e 478 a espanhola.