Os incêndios florestais ocorridos em Portugal este ano, entre os dias 1 de Janeiro e 31 de Julho, consumiram 5086 hectares, um valor inferior aos registados nos anos anteriores, em termos comparativos, segundo revelou a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF).
No período em análise registaram-se 4529 ocorrências de fogo, sendo 571 incêndios florestais e 3958 fogachos. Os maiores valores de área ardida verificaram-se nos distritos de Portalegre (1318 hectares) e Beja (1247 hectares), enquanto o maior número de incêndios florestais se verificou em Braga (81) e em Vila Real (70). O distrito do Porto foi o mais afectado por fogachos (666), seguido de Lisboa (444).
“Da análise inter-anual do número de ocorrências e área ardida, até 31 de Julho, entre 2002 e 2007, verifica-se que, em 2007, o total registado para cada uma das categorias se encontra abaixo dos valores verificados em qualquer um dos anos anteriores”, assinala o relatório da DGRF.
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, considerou que os dados “positivos” deste ano em matéria de incêndios não têm sido “resultado da sorte”, mas sim de uma “resposta adequada” por parte de todos os meios envolvidos, quer na vigilância quer no combate aos fogos.
“Para ter sorte temos trabalhado muito e continuaremos a trabalhar muito”, adiantou o ministro.
Apesar de, este ano, as condições climatéricas não estarem a potenciar os fogos, Rui Pereira lembrou que, em anos anteriores, “com condições idênticas, os resultados foram piores”. Para já, os “resultados ilustram o esforço” dos cerca de 9500 homens e mulheres que estão empenhados no combate aos incêndios, acrescentando que, para os “resultados positivos” contribuíram também a rapidez de resposta, a coordenação – quer ao nível político, quer operacional – e a programação dos meios envolvidos.
O ministro prometeu ainda a aplicação das medidas legislativas de repressão aos incêndios florestais criminosos, que foram aprovadas pela Assembleia da República, mediante proposta do Governo.