O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, acolhe desde o final de Julho o «Centro Português de Bioinformática – Recursos de Alta Prestação», o mais ambicioso projecto dedicado à bioinformática criado em Portugal até hoje. Co-financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Fundação Calouste Gulbenkian com um investimento inicial de 330 mil euros, o projecto vem dar continuidade aos serviços que o Instituto presta desde 1991, quando foi criado o nó português da EMBnet, a rede europeia de biologia molecular. Desde então, mais de 600 utentes portugueses usaram os recursos do IGC, que organizou cursos de treino em bioinformática para mais de 900 participantes.
O projecto procura trazer à comunidade de utentes os benefícios da supercomputação numa área em que a obtenção rápida de resultados está normalmente ligada à exploração de grandes bases de dados com crescimento constante. A bioinformática é uma área da biologia computacional que utiliza meios informáticos e informação biológica na escala adequada para responder a questões biológicas. Serve para criar mais conhecimento a partir da informação biológica, integrando-a num contexto alargado.