Luís Filipe Menezes, candidato à liderança do PSD, afastou o cenário de uma coligação entre o partido e o CDS-PP até 2010, considerando que tal «seria um erro dramático».
«Coligação com o CDS-PP nos próximos actos eleitorais, até 2010, nem pensar!» – referiu o dirigente social-democrata à SIC Notícias, após o anúncio da sua candidatura às eleições directas do PSD, marcadas para 28 de Setembro e às quais concorre o actual líder, Luís Marques Mendes.
Menezes, que revelou que concorre às directas para ganhar as Legislativas de 2009, considerou, em declarações ao canal televisivo, que não antevê «espaço de crescimento» no CDS-PP que permita formar uma coligação com o PSD.
«Seria um erro dramático», frisou.
Encarando as directas como mais um «desafio difícil», Luís Filipe Menezes manifestou-se, no entanto, preparado: «Sei como se ganham eleições, com boas propostas, com convicções, tendo um relacionamento humano».
Se for eleito presidente do PSD, Menezes promete «desalojar os interesses instalados e acabar com o carreirismo» no partido, defendendo que «as ideias devem ser discutidas nas bases».
Questionado sobre quais os procedimentos que tomará, nessa qualidade, nos casos de autarcas social-democratas arguidos, o dirigente sustentou que, para indícios de «crimes manifestamente graves, o critério político tem que ser muito drástico por parte do partido».
As directas no PSD, que se destinam a eleger o novo líder do partido, foram antecipadas devido aos maus resultados obtidos pelos sociais-democratas nas intercalares para a Câmara de Lisboa, a 15 de Julho.
Luís Filipe Menezes e Luís Marques Mendes já se tinham defrontado na corrida à liderança do partido em 2005, no Congresso de Pombal, onde o segundo saiu vitorioso.