As oito unidades hoteleiras cujos projectos foram apresentados no Algarve, num evento com a presença do ministro da Economia, representam um investimento de 1400 milhões de euros e poderão gerar cerca de 6.000 empregos, disse à Lusa fonte governamental. Das oito unidades, sete são de “5 estrelas”, disse à Lusa o ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, que adiantou que estes estão dispersos pelo Algarve “desde Lagos até Castro Marim, passando por uma zona de Loulé”. A apresentação destes projectos aconteceu num dia em que decorrem várias actividades culturais, entre os quais o espectáculo Carmina Burana, no âmbito do programa de promoção turística da região algarvia Allgarve.
Foram ainda assinados vários protocolos de parcerias na área da formação profissional, tanto com empresas como com associações empresariais, e apresentado o novo Centro de Formação Avançada em Turismo, resultante de uma parceria entre o Turismo de Portugal, o ISCTE e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Este centro tem como missão a investigação, a divulgação e o ensino pós-graduado universitário em matérias relacionadas com o turismo, em particular nas áreas de liderança, empreendedorismo, marketing, inovação, gestão e estratégia.
A cerimónia contou com as presenças do ministro da Economia e com o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade. Saliente-se que o programa promocional ‘Allgarve’ apresentado em Março pelo ministro da Economia vai arrancar oficialmente com o intuito de promover o turismo algarvio, mas o nome escolhido para a campanha suscitou várias críticas no seio da política interna. Na altura em que o Ministério da Economia anunciou em Lisboa a campanha de promoção ‘Allgarve’, o deputado social-democrata pelo Algarve, Mendes Bota, chegou a pedir ao Governo que suspendesse temporariamente a campanha promocional ‘Allgarve’, até que se encontrasse “um título que reponha a dignidade e o respeito pelo nome da região”.
O responsável da Grande Área Metropolitana do Algarve (AMAL), Macário Correia, também se juntou às críticas ao ministro da Economia e disse, na altura, que Manuel Pinho “não estava em condições” de exercer a sua função e que “para bem” do país deveria ser afastado do cargo. O ex-secretário de Estado do Turismo de António Guterres, Vítor Neto, alertou, por seu turno, para o perigo de o recém-lançado programa ‘Allgarve’ ganhar “uma dinâmica de uma nova marca, que substitua a marca Algarve”, que levou anos a afirmar. “Seria perigoso se este ‘Allgarve’ tendesse a ganhar a dinâmica de uma nova marca, com a substituição da marca Algarve”, disse Vítor Neto. Na altura, o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, garantiu que a marca “Allgarve” seria mantida, classificando as críticas ao nome da iniciativa de “desinformação”.
O ‘Allgarve’ é um programa de valorização turística algarvio que integra a nova marca ‘Allgarve’ e que prevê uma verba de três milhões de euros em promoção e animação para os próximos três anos. Um dos pontos altos do programa ‘Allgarve’ arrancou com uma mostra de arte contemporânea, comissariada pelo director do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, João Fernandes. A exposição fica em Faro até 30 de Setembro, na antiga Fábrica da Cerveja.