Os cerca de dez por cento de alunos do terceiro ciclo do concelho de Paredes em risco de abandonar a escola vão ser alvo de um projecto-piloto que pretende mudar essa realidade. A iniciativa deverá receber um investimento de 12 milhões de euros.
O protocolo, assinado entre a autarquia daquele município do distrito do Porto e a associação Empresários pela Inclusão Social (EIS), vai começar no próximo ano lectivo com a criação de uma rede de mediadores profissionais, que vão tentar persuadir os alunos a continuar a estudar, recorrendo aos seus familiares, colegas e amigos.
Fonte da Câmara de Paredes disse à agência Lusa que, numa fase posterior, o projecto será alargado aos alunos do segundo ciclo. As escolas do concelho de Paredes têm cerca de seis mil alunos a estudar nos segundo e terceiro ciclos, disse a fonte. “No ano lectivo de 2007/2008, a EIS pretende assegurar o equivalente a 75 por cento dos custos da rede de mediadores, incluindo encargos com pessoal, custos directos da actividade dos mediadores e custos variáveis de estrutura, e nos anos seguintes assegurará apenas 25 por cento do orçamento anual”, refere a autarquia.
O projecto global aponta para um investimento de 12 milhões de euros, assumindo a EIS um quarto e os municípios, Ministério da Educação e outras entidades os restantes três quartos. A EIS foi criada em 2006 por um grupo de dez empresários, em resposta a um repto lançado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, para que se fizesse da inclusão uma “causa nacional”, combatendo a exclusão social e a pobreza.
O núcleo fundador da associação é constituído por João Rendeiro, Eduardo Catroga, Joaquim Vieira Coimbra, Diogo Vaz Guedes, Arlindo da Costa Leite, Horácio Roque, Soares dos Santos, Pedro Queiroz Pereira, Paulo Pereira da Silva e Manuel Violas.