A selecção brasileira de futebol revalidou o título na Copa América, ao vencer na final a Argentina por categórico 3-0 reeditando o sucesso de 2004 sobre a rival sul-americana, em jogo disputado em Maracaibo (Venezuela).
O golo madrugador do avançado Júlio Baptista, aos quatro minutos, lançou o Brasil para um triunfo robusto, materializado também com um auto-golo de Ayala (40) e um remate certeiro do suplente Daniel Alves (67).
O guarda-redes Helton, jogador do FC Porto, permaneceu no banco dos suplentes, mas festejou o oitavo triunfo brasileiro na prova, ao contrário do argentino Lucho González, colega no bicampeão português, que foi suplente utilizado, mas não notado.
Os "canarinhos" entraram a ganhar, com um golo marcado logo aos quatro minutos pelo avançado Júlio Baptista, que beneficiou da passividade do central argentino Ayala e desferiu um poderoso remate cruzado, deixando sem reacção o guarda-redes Abbondanzieri.
A Argentina não se intimidou e partiu em busca do empate, quase sempre pela acção do seu elemento mais esclarecido, o estratego Riquelme, que acertou no poste da baliza brasileira quatro minutos mais tarde e obrigou o guarda-redes Doni a defesa apertada, aos 35.
A reacção "celeste" anunciava a igualdade, mas foi o Brasil que aumentou, apesar do golo ter sido marcado por um argentino: o corte desastrado de Ayala ao cruzamento do recém-entrado Daniel Alves acertou na baliza errada e os brasileiros chegaram ao intervalo a ganhar por 2-0. Aos 67 minutos, Lucho Gonzalez substituiu o apático Verón no meio campo argentino, o que deu ao jogador do FC Porto uma perspectiva privilegiada do terceiro golo brasileiro, aos 69, construído por Vagner Love e concluído por Daniel Alves, numa modelar jogada de contra-ataque.
A Argentina, que sofreu a primeira derrota na prova, após cinco vitórias consecutivas, falhou a possibilidade de se assumir como a recordista de triunfos, mantendo-se em igualdade com o Uruguai, ambos com 14 títulos.
O conjunto argentino foi incapaz de se desforrar do desaire de 2004, quando os brasileiros bateram pela primeira o eterno rival na final da competição – após oito desaires consecutivos – e hoje nem foi preciso esperar pelo desempate por grandes penalidades, como aconteceu há três anos.
Sob a arbitragem de Carlos Amarilla (Paraguai), as equipas alinharam:
Brasil: Doni, Maicon, Juan, Alex, Gilberto, Mineiro, Josué, Elano (Daniel Alves, 34), Júlio Baptista, Robinho (Diego, 91) e Vagner Love (Fernando, 90).
Argentina: Abbondanzieri, Zanetti, Ayala, Gabriel Milito, Heinze, Verón (Lucho González, 67), Mascherano, Cambiasso (Aimar, 59), Riquelme, Messi e Tevez.
Deixe um comentário