O Colectivo de Defesa dos Consulados de Portugal em França mantém a manifestação prevista para 9 de Agosto, no Rossio, em Lisboa, e deposita agora as esperanças no governo francês que, defendem, tem de avalizar a reestruturação consular. “De acordo com o artigo 4 da Convenção de Viana, um país que queira abrir, fechar, requalificar ou desclassificar consulados tem de pedir o aval ao país de acolhimento”, explicou António Fonseca, da secção de França do Conselho das Comunidades Portuguesa (CCP) à saída de uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, que decorreu no passado dia 5.
O responsável integra uma delegação do Colectivo de Defesa dos Consulados que realizou uma visita de três dias a Lisboa, entre 3 e 6 deste mês, para reuniões com grupos parlamentares, sindicatos e associações de municípios, entre outros, no sentido de os sensibilizar para a questão da reestruturação consular. António Fonseca disse não saber se Portugal pediu ou não o aval francês, mas garantiu que “da parte francesa não há muita vontade em ver reduzida a presença portuguesa no país”. Entretanto, fonte da Secretaria de Estado das Comunidades afirmou à Agência Lusa que “estão a ser cumpridas todas as diligências no sentido do cumprimento da Convenção de Viana”. António Fonseca disse ainda que o secretário de Estado das Comunidades vai deslocar-se “muito em breve” a França para explicar a reestruturação consular. António Fonseca disse que os membros do Colectivo ficaram “surpreendidos e admirados” com “uma certa resignação” dos deputados do PSD e do PCP, com quem se reuniram, perante a medida do governo.