De acordo com a portaria, a definição do período levou em consideração “as condições meteorológicas prevalecentes em cada ano”, o histórico “das ocorrências de incêndios nas diferentes regiões de Portugal continental” e as “condicionantes associadas à organização” dos recursos de prevenção e combate a incêndios florestais, que incluem vigilância, detecção, alerta, primeira intervenção, combate e rescaldo de incêndios florestais.
A fase “Charlie” de combate aos incêndios florestais, a época de maior risco, arrancou com um dispositivo que envolve 52 aeronaves, 8.836 homens, 1.886 viaturas, cinco ministérios, cinco institutos públicos, autarquias e a sociedade civil.
Os objectivos principais para este ano são “diminuir o número de incêndios com áreas superiores a um hectare, eliminar incêndios superiores a 1.000 hectares e reduzir o tempo do ataque inicial para menos de 20 minutos”, segundo o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) tem a tutela do comando e articulação operacional de todos os elementos no terreno, coordenando os meios e a sua chefia, a nível nacional e local, através do Comando Nacional e dos Comandos Distritais de Operações de Socorro.
Das entidades envolvidas no combate aos fogos, articuladas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, as mais importantes são os Bombeiros, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, a Polícia Judiciária, as Forças Armadas, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, as autarquias, e os escuteiros, além de outras organizações da sociedade civil.
Mais de cinco mil bombeiros
Os Bombeiros são quem disponibiliza o maior número de meios humanos para o combate aos incêndios: 5.056 homens a nível nacional, apoiados por 1.173 viaturas de protecção e socorro, segundo a ANPC. A Associação de Empresas do Sector Papeleiro e Celulose, cujos sócios exploram mais de 232.000 hectares, “vai empregar 249 sapadores apoiados por três helicópteros e 56 viaturas de combate”, afirmou à Lusa fonte da administração daquela organização.
Um grupo de 22 empresas associou-se e formou o Movimento ECO, em parceria com os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, visando a sensibilização da população para a protecção da floresta e o apoio às entidades que combatem os incêndios florestais.