Segundo Carlos Páscoa Gonçalves, deputado do PSD, o empresário Licínio Bastos proporcionou ao PS uma campanha eleitoral principesca que incluiu publicidade em autocarros, helicópteros para o candidato Aníbal Araújo visitar clubes, aviões para o sobrevoo de praias com propaganda e almoços para 3000 pessoas. Uma coisa nunca vista, mas António Braga afirmou aos jornalistas não saber de ligação nenhuma do empresário à campanha do PS.
No decorrer da comissão parlamentar, os deputados dos PSD, PCP e CDS-PP questionaram António Braga sobre a nomeação de Licínio Bastos para cônsul honorário e sobre as ligações do empresário português ao PS e à campanha eleitoral socialista no Brasil para as legislativas em 2005.
JOSÉ CESÁRIO (PSD): “Porquê um Consulado em Cabo Frio?”
O deputado do PSD eleito pelo círculo Fora da Europa José Cesário quis saber quem indicou o nome de Licínio Bastos para cônsul honorário e porque é que o governo optou por abrir um consulado honorário em Cabo Frio, onde o empresário “não reside, não lhe são conhecidas actividades empresariais e tem uma comunidade portuguesa com pouca relevância”.
Por seu lado, Hélder Amaral, do CDS-PP, questionou os critérios do governo para fechar ou criar postos consulares, uma vez que decidiu encerrar o de Santos, que serve uma vasta comunidade, e abrir um consulado honorário em Cabo Frio.
O deputado Jorge Machado, do PCP, criticou a opção do governo “pela substituição de consulados de carreira por consulados honorários para reduzir custos”.
“Deixamos de ter funcionários que são controlados pelo Estado para termos pessoas escolhidas para representarem o país e isso é preocupante”, afirmou.
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