Até 30 de Setembro está em vigor o Plano de Contingência para Ondas de Calor, que refere três níveis crescentes de alerta. Durante este período, a população em geral será informada das medidas mais adequadas para minimizar os efeitos das altas temperaturas.
O primeiro nível – verde – corresponde a temperaturas normais para a época do ano, e refere-se à manutenção das medidas gerais.
Já o segundo nível – amarelo – está relacionado com "temperaturas elevadas que podem provocar efeitos na saúde". Neste caso, o Plano incluirá a divulgação de informação à população, às entidades competentes de saúde e a outros sectores institucionais e o reforço da capacidade de resposta das unidades prestadoras de cuidados de saúde.
O terceiro nível – vermelho – é também o mais grave e será activado quando se registarem temperaturas muito elevadas que "podem trazer graves problemas para a saúde". Nesta fase, além da divulgação da informação, as autoridades deverão levar para os locais de abrigo, sempre que necessário, os grupos mais vulneráveis – idosos institucionalizados, crianças e pessoas a viverem isoladas – devendo ainda assegurar a capacidade de resposta das unidades prestadoras de cuidados de saúde. De acordo com o plano, museus, cinemas, centros comunitários, bibliotecas e centros comerciais servirão de abrigo contra as temperaturas muito elevadas.
O Plano de Contingência para as Ondas de Calor foi criado em 2004, depois de, entre 30 de Julho e 14 de Agosto de 2003, Portugal ter estado sob o efeito de uma onda de calor que provocou 1.953 mortes a mais. Em 2005, de acordo com o balanço da Direcção-Geral de Saúde (DGS), o calor excessivo no Verão terá provocado mais 462 mortes do que o normalmente registado nesta época do ano, sendo a maioria relativa a pessoas com mais de 74 anos. Em 2006 registaram-se cinco ondas de calor que provocaram 1.259 mortos em Portugal, a maioria dos quais pessoas com mais de 75 anos, ainda segundo a DGS.
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