A Comissão Vitivinícola da Estremadura está apostada em aumentar a sua presença no mercado angolano, estando representada na Feira Alimentar de Angola com a maior delegação de sempre de uma região portuguesa, disse à Lusa um dos seus directores.
Ao todo, estão presentes na edição deste ano da Feira Internacional de Alimentos e Bebidas de Luanda (Alimentária 2007), que decorreu, 14 produtores da Estremadura interessados em convencer o mercado angolano da “melhor relação qualidade/preço” dos vinhos desta região portuguesa, afirmou Carlos Pereira da Fonseca. Produtor em nome próprio com a Companhia Agrícola do Sanguinhal, Carlos Pereira da Fonseca manifestou-se convencido que os vinhos da Estremadura terão em Angola o mesmo sucesso que já têm em outros mercados, como a Noruega ou Inglaterra.
Actualmente, a Estremadura exporta 1,5 milhões de garrafas de vinho certificado para Angola, quase 19 por cento do total anual de exportações da região, o que representa, de acordo com o director da Comissão Vitivinícola, “o mercado com mais rápido crescimento” para os seus vinhos certificados. Mesmo assim, o director da Comissão Vitivinícola da Estremadura reconhece que a notoriedade dos vinhos da Estremadura não é tão forte como os do Alentejo ou do Douro. “Talvez seja por falta de capacidade de promoção no mercado interno”, justificou. Essa menor capacidade de promoção do seu nome em Portugal acaba por se reflectir nos mercados angolano e brasileiro, aonde, pela proximidade da língua, essa ausência de notoriedade se estende, explicou Carlos Pereira da Fonseca.
A Comissão Vitivinícola quer inverter esta realidade e fazer valer o peso de uma região que produz anualmente 16 milhões de garrafas de vinho certificado e mais de 100 milhões de litros de vinho de mesa. É, aliás, na venda de vinho de mesa a granel que a região dá cartas, com a exportação de mais de 25 milhões de litros para Angola.
Vinhos da Estremadura apostam em Angola

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