O presidente da concelhia de Lisboa do PS anunciou entretanto que o Partido Socialista vai recolher declarações de renúncia ao mandato na autarquia lisboeta, mas que só as entregará quando o PSD também o fizer.
«Está não mãos do PSD», disse à agência Lusa Miguel Coelho, adiantando que o PS ajudará o PSD a «fazer a Câmara de Lisboa cair».
Miguel Coelho adiantou que a declaração de quinta-feira do presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, em que fez depender a sua permanência na câmara da decisão dos vereadores foi uma «aparente rebelião contra o líder do PSD», Marques Mendes.
O líder do PS/Lisboa adiantou que deu uma «orientação» ao vereador socialista Dias Baptista para começar a contactar todos os membros da lista apresentada às autárquicas de 2005 pelo PS, efectivos e suplentes, para assinarem a declaração de renúncia que será entregue posteriormente em reunião de câmara.
As declarações ficarão na posse do vereador Dias Baptista para serem entregues na autarquia no mesmo momento em que o PSD entregar, disse Miguel Coelho, rematando que a situação actual é «insuportável para a Câmara de Lisboa».
Luís Marques Mendes, defendeu quarta-feira a realização de eleições intercalares na autarquia lisboeta, considerando não haver «condições políticas» para gerir a Câmara de Lisboa «com eficácia», pelo que a melhor solução era «devolver a palavra ao povo».
O PSD pode substituir o presidente da Câmara de Lisboa sem recurso a eleições intercalares, mas como Carmona Rodrigues foi eleito na qualidade de independente pode decidir continuar à revelia da decisão do partido.
Assim sendo, a subsistência da câmara fica dependente da renúncia ou não dos vereadores em funções e suplentes, uma vez que é preciso estes renunciarem até deixar de haver possibilidades de substituição para o órgão cair por si, ao deixar de haver quórum, de acordo com a lei.
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