A Ponte D. Luís, projectada por um discípulo e colaborador de Alexandre Gustave Eiffel, o Engenheiro Teófilo Seyrig, começou a ser construída no início de 1881 e foi inaugurada a 31 de Outubro de 1886, dia do aniversário de el-rei D. Luís. Construída em finais do século XIX, é um exemplo representativo da arquitectura e técnicas do ferro, composta por dois tabuleiros metálicos sustentados por um grande arco de ferro, formado por duas curvas parabólicas divergentes, e cinco pilares. O tabuleiro superior apoia-se nos encontros de cantaria e nos três pilares de cada margem do rio. A construção desta ponte, na altura, foi permitir o acesso da estrada real que vinha de Lisboa às províncias do Norte do País tendo sido, por este motivo, considerada como uma das obras de maior envergadura no plano rodoviário realizado pelo monarca, D. Luís I.
Constituída por dois tabuleiros metálicos que se destinavam a fazer a ligação rodoviária entre Vila Nova de Gaia e o Porto, esta ponte tem cerca de trezentos e noventa e cinco metros de comprimento e oito metros de largura. Construída ao lado da antiga Ponte Pênsil, oficialmente designada por Ponte D. Maria II, que havia sido inaugurada em 1843, a localização da Ponte Dom Luís I foi para aqui designada pela necessidade que havia de susbtituir a Ponte Pênsil que é desmantelada por altura da inauguração da nova ponte.
O Palácio de Cristal
O Palácio de Cristal começou por ser um antigo edifício que existia na freguesia de Massarelos. Da autoria do arquitecto inglês Thomas Dillen Jones, foi construído em granito, ferro e vidro, tendo tido o Crystal Palace londrino por modelo. Embora a sua construção tenha tido início no ano de 1861, só foi inaugurado em 18 de Setembro de 1865. Esta inauguração contou com a presença oficial do Rei D. Luís, D. Maria Pia e do príncipe herdeiro. O Palácio de Cristal, o original, que foi concebido para acolher a grande Exposição Industrial Internacional do Porto e da Península, organizada pela então Associação Industrial Portuense, hoje Associação Empresarial de Portugal, acabou por ser demolido em 1951 para dar lugar ao Pavilhão dos Desportos, hoje o Pavilhão Rosa Mota. Ao longo dos seus oitenta e seis anos de existência este edifício acolheu muitas mais exposições, nomeadamente a Exposição Colonial, inaugurada em Junho de 1934. Desta exposição sobrevive ainda o Monumento ao Esforço Colonizador Português, actualmente colocado no topo oeste da Avenida Marechal Gomes da Costa.
Depois da sua destruição foi erguida, no seu lugar, uma nave de betão armado a que foi dado o nome de Palácio dos Desportos, segundo projecto do arquitecto Carlos Loureiro e a pretexto do Campeonato Mundial de Hóquei em Patins, embora a designação de Palácio de Cristal tenha sobrevivido até aos nossos dias.
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