Ronaldo e Simão resolveram
Três golos, três pontos! Missão cumprida frente ao Cazaquistão num jogo onde Scolari mexeu no onze base da selecção aproveitando para lançar Raúl Meireles e Tonel. Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo marcaram os golos da vitória e Tiago confirmou ser uma mais-valia na selecção organizando o meio-campo com mestria.
A selecção portuguesa de futebol fechou o ano de 2006 com uma obrigatória vitória sobre o Cazaquistão (3-0), em Coimbra, ascendendo ao quarto lugar do grupo A de apuramento para o Euro 2008, ainda em défice nas contas de Scolari.
Um “bis” de Simão, aos oito e 84 minutos, e um grande golo de Cristiano Ronaldo, aos 30 minutos, selaram a vitória da formação lusa, que parte para 2007 (sete pontos, em quatro jogos) atrás de Polónia (10, em cinco), Sérvia (10, em quatro) e Finlândia (11, em cinco).
No que foi o 12º triunfo consecutivo em solo luso, Portugal esteve melhor até ao intervalo e, frente a um adversário que não conseguiu incomodar Ricardo uma única vez, poderia ter goleado com um Nuno Gomes inspirado, mesmo sem encantar e em ritmo de treino. Para a história, ficaram os tentos de Simão (soma 12, em 53 jogos) e Ronaldo (15, em 43), as estreias de Tonel e Raul Meireles, ambos titulares, e o muito saudado regresso de Jorge Andrade, que voltou à selecção “AA” mais de oito meses depois de uma grave lesão.
Nuno Gomes azarado
A formação lusa entrou com quatro novidades no “onze” em relação à derrota na Polónia: saíram Ricardo Rocha, Nuno Valente, Costinha e Petit, que nem sequer foram convocados, entrando os estreantes Tonel e Raul Meireles, Paulo Ferreira e Tiago. Desta forma, Portugal entrou no habitual “4-3-3”, com Miguel, Tonel, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, à frente de Ricardo, um meio-campo com Raul Meireles, mais recuado, Tiago e Deco e dois extremos (Cristiano Ronaldo e Simão Sabrosa) no apoio ao “capitão” Nuno Gomes. Frente a um adversário em “4-5-1”, a formação lusa entrou sem grande velocidade, mas, como se esperava, a dominar e marcou logo na primeira ocasião: aos oito minutos, Deco arrancou pelo meio e serviu Simão, que, descaído sobre a direita, marcou com um remate colocado. Em vantagem tão cedo, Portugal ganhou tranquilidade e começou a construir sucessivas oportunidades para aumentar a vantagem, uma, a de Nuno Gomes, isolado por um grande passe de Tiago (13 minutos), bem mais flagrante do que as outras, de Cristiano Ronaldo (21) e Simão (23). Quando Portugal imprimia velocidade a defesa do Cazaquistão sentia enormes dificuldades e o segundo golo chegou naturalmente, aos 30 minutos, numa jogada individual de Cristiano Ronaldo, que arrancou pela esquerda, flectiu para o meio e rematou rasteiro, com a bola a bater no poste esquerdo e a entrar. Depois só deu Portugal e um azarado Nuno Gomes.
Após o intervalo, Portugal surgiu bem menos inspirado e demorou a criar perigo, o que só aconteceu aos 61 minutos, num remate quase sem ângulo de Ricardo Quaresma, que havia substituído Cristiano Ronaldo, aos 58 minutos, e, depois, em mais duas jogadas do jovem extremo. Já com Carlos Martins e o regressado Jorge Andrade em campo, a formação das “quinas” não desistiu, mais em esforço do que com arte, de tentar chegar ao terceiro golo, que surgiu ao 19º canto, apontado por Carlos Martins e finalizado pelo oportunismo de Simão (84 minutos).
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