A selecção portuguesa empatou na Sérvia em jogo de qualificação para o Euro 2008 num jogo onde ficou a ideia que podia ter conquistado os três pontos. Com a vitória frente à Belgica e este empate fora Portugal está já no segundo lugar do Grupo A que é liderado pela Polónia. Agora seguem-se os Belgas fora em jogo disputado em Junho e que se prevê bastante complicado.
A selecção portuguesa somou mais quatro pontos na jornada dupla no grupo A de apuramento para o Europeu de 2008, ao golear a Bélgica e empatar na Sérvia, e já está nos lugares "premiados". Com o mais complicado ultrapassado (deslocações à Sérvia, Polónia e Finlândia), Portugal está, assim, lançado para uma quinta participação consecutiva numa fase final de uma grande competição, após os Europeus de 2000 e 2004 e os Mundiais de 2002 e 2006.
Apesar da goleada imposta à Bélgica (4-0 no Estádio de Alvalade) e do empate conquistado em Belgrado (1-1 quarta-feira), Portugal continua ainda um ponto atrasado na "matemática" de Scolari (vitórias em casa e empates fora), por causa do desaire de Chorzow com a Polónia (1-2).
Olhando os números desta forma, a situação não seria muito favorável, mas a realidade é bem diferente, pois, se Portugal já falhou, os adversários directos, com excepção da Polónia (líder, com mais cinco pontos e um jogo a mais), "pecaram" ainda mais. Desta forma, o segundo lugar, compartilhado com Sérvia e Finlândia, é excelente nesta fase, uma vez que as outras três equipas reais candidatas ao apuramento ainda têm de jogar em solo luso, onde Portugal venceu os 13 jogos realizados após a final do Euro 2004.
Quanto aos jogos fora, os comandados do brasileiro Luiz Felipe Scolari já só têm de "medir forças" com os quatro últimos, a Bélgica, no próximo encontro (2 de Junho), sem Cristiano Ronaldo (viu amarelos nos dois últimos jogos), o Cazaquistão, o Azerbaijão e a Arménia.
A situação é, desta forma, muito favorável aos vice-campeões europeus em título, depois de uma jornada dupla que até poderia ter corrido melhor, já que, em Belgrado, Portugal esteve a ganhar e bem mais perto de alcançar o triunfo do que os locais.
Para a história, ficam mais quatro pontos conquistados e duas exibições convincentes, sobretudo face à Bélgica, que Portugal venceu pela primeira vez em jogos oficiais e logo por 4-0, graças a uma segunda parte de "gala". Um "bis" de Cristiano Ronaldo, um tento de Nuno Gomes e outro de Ricardo Quaresma selaram a goleada da formação lusa, que, depois de já ter ganho ânimo como recente triunfo sobre o Brasil (2-0 num particular realizado em Londres), chegou muito moralizada a Belgrado.
Na capital da Sérvia, Portugal, que entrou sem Quaresma no "onze" (foi substituído por Simão, que havia cumprido castigo face aos belgas), começou muito bem, adiantando-se no marcador logo aos cinco minutos, com o primeiro golo de Tiago na selecção principal. Ainda na primeira metade, Bosko Jankovic restabeleceu a igualdade, mas, até ao final, pertenceram à equipa lusa as principais oportunidades para desfazer a igualdade, valendo aos locais a exibição muito conseguida do guarda-redes Stojkovic.
Foi, no entanto, mais um importante ponto conquistado, por uma selecção que, neste jogo foi muito personalizada e mostrou um novo meio-campo de qualidade: Petit, Tiago e João Moutinho fizeram esquecer o trio Costinha, Maniche e Deco (os dois primeiros excluídos por opção de Scolari e o terceiro lesionado).
Se o meio-campo esteve impecável nos dois jogos, a defesa, com Ricardo (superou Bento e igualou Eusébio e Humberto Coelho no nono lugar do "ranking" dos internacionais lusos, com 64 jogos) incluído, atrás de Miguel, Jorge Andrade, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, também raramente falhou nos dois embates.
Por seu lado, o sector ofensivo, sempre com Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes, brilhou bem mais face à Bélgica, com Ricardo Quaresma, do que na Sérvia, com Simão, mas a diferença de qualidade do adversário também tem que ser tida em conta.
Portugal volta à acção a 2 de Junho, na Bélgica, onde não jogará Cristiano Ronaldo (castigado), mas deverá reaparecer a "magia" de Deco, que falhou esta dupla jornada devido a uma operação à mão direita.
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