Para 2017 a formação contínua dos professores de Português era uma das metas da Coordenação de Ensino na Austrália
O número de interessados em aprender português na Austrália tem vido a aumentar. A colocação de uma coordenadora do ensino “permitiu que ao longo dos últimos três anos” fosse possível “duplicar o número de alunos de língua portuguesa, duplicar o número de professores e ao mesmo tempo duplicar o número de estabelecimentos com oferta de língua portuguesa”, disse o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
A gestão da rede de ensino não oficial da Austrália teve início do ano letivo de 2013, sob coordenação do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.). José Luís Carneiro sublinha que colocação de uma coordenadora do Ensino Português naquele país “permitiu que ao longo dos últimos três anos” fosse possível “duplicar o número de alunos de língua portuguesa, duplicar o número de professores e ao mesmo tempo duplicar o número de estabelecimentos com oferta de língua portuguesa”.
“Estamos a falar de 650 alunos de língua portuguesa, mas o que sentimos é que há uma procura cada vez maior”, afirmou, alertando para a importância de coordenar os esforços oficiais, como os do Camões, I.P., com os de entidades não-governamentais, para melhorar a capacidade de oferta. Atualmente, há 25 instituições que oferecem ensino de português, num total de 39 docentes.
O governante falava no decorrer de uma visita àquele país, tendo prometido um regresso no próximo ano. “Ficou acordada uma próxima visita para o primeiro trimestre de 2018, tendo em vista podermos participar num importante festival que se realiza em Sydney, no qual participam muitos milhares de portugueses e cidadãos de países de expressão oficial portuguesa”, revelou.
Para o próximo ano está prevista a abertura de uma biblioteca a ser construída numa das associações de língua portuguesa, “a par do lançamento do ensino da língua portuguesa no pré-escolar (nessa comunidade) em resultado do esforço do movimento associativo e das famílias e do próprio museu de etnografia”, acrescentou.
Está também planeada a criação de uma associação de investigadores portugueses que estão nas várias universidades e centros de investigação na Austrália.
Ficámos com o compromisso de até março do próximo ano termos desenvolvido os esforços com vista à criação desta associação representativa dos investigadores portugueses na Austrália, que são cerca de 70”, disse.
Rede a crescer
Em declarações ao ‘Mundo Português’ em 2016, a coordenadora do EPE na Austrália destacava que a rede de ensino no país tinha vindo a crescer, implementando “com sucesso o quadro de referência do Ensino do Português no estrangeiro (QuaREPE), em todas as escolas da rede”.
“Todos os alunos têm acesso gratuito a manuais escolares de acordo com o seu nível de proficiência, assim como os docentes a manuais do professor para uma planificação adequada às aulas, ou seja, com o programa curricular nos termos do QuaREPE”, referia Susana Teixeira-Pinto.
Para 2017 a formação de professores era uma das metas.
“A coordenação tem como prioridade fazer um levantamento anual de necessidades sentidas pelos docentes e tentar colmatar as mesmas elaborando um plano de estratégias a seguir”, explicava a coordenadora já em março deste ano ao ‘Mundo Português’. Mas a grande novidade é a abertura da primeira escola na cidade de Brisbane, completando assim um dos objetivos da coordenação: “ter pelo menos uma escola em todos os estados da Austrália”, assumia a coordenadora.
A comunidade portuguesa na Austrália ronda as 50 mil pessoas, a maioria concentradas em Sydney, Melbourne e Perth.
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