A iniciativa pretende ajudar a promover uma arte secular e singular do Alentejo que é candidata do Património Cultural Imaterial da UNESCO.
Um velhinho elétrico de Lisboa, construído nos anos 30 do século XX, foi agora restaurado e revestido com tapetes de Arraiolos. A viagem inaugural aconteceu esta semana, e levou o já chamado ‘Elétrico de Arraiolos’ do Largo da Graça e o Largo de Camões.
Decorado pela Fábrica Tapetes Hortense, resulta de uma parceria entre a Carristur, a Turismo do Alentejo e a empresária Hortense Canelas, uma das várias artesãs de Arraiolos, a vila alentejana de onde são oriundos estes tapetas que parte importante da identidade da região.
Inspirado na temática do azulejo português, o elétrico é revestido por tapetes bordados à mão e, no teto, mostra uma réplica da tapeçaria oferecida em 2015 ao Papa Francisco, com 5,22 metros e barras, todo feito à mão, como se fosse um tapete de chão.
O exterior do veículo está forrado com peças que representam azulejos portugueses do século XVII, em azul e branco, revestidas com acrílico, para que se possam conservar “por causa do sol e da chuva. As cortinas foram todas feitas em tela de Arraiolos e bordadas pela fábrica e há também quatro bancos do eléctrico, dois à frente e dois atrás, forrados com o mesmo padrão de azulejos que está no exterior.
Para o presidente da Turismo do Alentejo Ribatejo, é “muito importante” esta forma de promoção da tapeçaria de Arraiolos e do Alentejo como destino turístico. Em declarações à Lusa, Ceia da Silva considerou que esta “e uma forma de o Alentejo estar constantemente a ser promovido em Lisboa e é uma oportunidade única para que Arraiolos circule pela cidade, todos os dias, através do eléctrico, que é o meio de locomoção mais típico e com mais impacto numa cidade como Lisboa”.
A iniciativa pretende ajudar a promover uma arte secular e singular do Alentejo, que a Entidade Regional de Turismo em parceria com a autarquia de Arraiolos, já candidatou à Lista do Património Cultural Imaterial da UNESCO.
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